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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O dia já estava pela metade, sujo de sangue e de frente para o centurião pensei em como seria o dia lá fora e sentir como é a vida de liberdade, mas me abstive de pensar mais pois aquilo era algo que me desconcentrava do meu objetivo real.O centurião era alto e vestia sua armadura de batalha, empunhava uma espada curta romana e um escudo, seu elmo e armadura bem desenhados e suas roupas por debaixo da cor vermelha intensa como nunca tinha visto, os corpos da arena já tinham sido removidos e ambos estávamos preparados para a batalha.Respirei fundo, mantive minha mente leve e serena, confiante mais uma vez pus-me em posição o sinal foi dado e o centurião veio em minha direção seus golpes desferidos em meu escudo eram fortes mas não tão precisos, seus urros soavam como trovão na arena e sua movimentação era simples porém um pé errado meu e ele me acertaria facilmente, naquele ponto percebi que um grande adversário estava a minha frente e que não importa o que eu fizesse teria de vence-lo.Meus golpes não surtiam tanto efeito pois ele os defendia sem maiores problemas, reparei que toda vez que fazia uma investida seu flanco direito ficava aberto por alguns segundos e isso poderia ser a chave da minha vitória.Me afastei mais ou menos dois pés dele, uma rápida visualização de meu oponente me favoreceu e em questão de segundos fui para cima dele fingindo um ataque com a espada, ele levantou seu escudo e o que na verdade eu fiz foi empurra-lo com meu escudo, surpreso pelo movimento ela cambaleou para trás e sua espada quase caiu de suas mãos, imediatamente a expressão de seu rosto mudou, eu vi em seus olhos uma raiva enlouquecida e me atacou com ódio como um lobo que ataca sua presa, defendi seu golpe mas a força me fez cair ao chão, meu escudo separou-se de mim e ficou a poucos metros de meu corpo, logo em seguida outra investida esquivei-me rolando para o lado esquerdo, sua espada fincou no solo, dei um chute em sua canela e ele ajoelhou, levantei e me afastei enquanto o centurião tirava sua espada do chão  ele pôs seu escudo de lado e retomou sua posição em pé empunhando a espada.Agora era mais fácil e mais perigoso, o primeiro golpe foi dado de cima para baixo, defendi sem maiores esforços e dei um soco em sua boca, uma cuspida para o alto e o sangue que lhe arrancara com o golpe manchou o chão de sangue, pus-me em posição de ataque e um soco acertou meu a boca do estômago me fazendo ter vontade de vomitar, logo em seguida um chute em meu queixo me fez rolar e cuspir sangue como eu acabara de fazer com ele, atordoado no chão senti a dor do chute e uma leve tonteira me fez perder a noção da batalha, quando abri os olhos vi o centurião prestes a me matar, quando se preparava para o golpe de misericórdia avistei novamente a abertura que ele tinha feito nos golpes ao começo da batalha e com minha últimas forças cravei minha espada em seu peito, perfurando seu coração, fazendo-o cair de joelhos morto.Levantei-me sem mais nenhum folego e a platéia vibrou como nunca antes eu tinha visto, dava para sentir o chão tremer  do público que pulava em seus lugares, meu nome era gritado e aclamado por todos, nada poderia ser melhor havia acabado de conquistar minha liberdade e meus dias preso como um animal numa jaula acabaram, os portões se abriram es os guardas fizeram fileira a minha frente como um corredor, e Cesar junto com o comandante da guarda vieram me dar os parabéns, me mantive calmo para não mata-lo naquela hora, eu sabia que futuramente teria a chance de acabar com ele facilmente e que agora não seria a hora.Sai da arena, foi me oferecido um banho, um tratamento digno para minhas feridas e comida.Minha liberdade estava garantida e após atravessar os portões  do coliseu fiquei na rua aonde uma multidão esperava por mim, foi quando Millus Hestus um nobre influente em Roma se apresentou a mim um grande admirador, me convidou para um jantar em sua casa, no começo confesso que fiquei receoso mas acabei aceitando, afinal não saberia aonde passar a noite naquele dia e que melhor lugar seria do que numa casa luxuosa e uma cama confortável para eu passar minha primeira noite em liberdade?

2 comentários:

  1. texto fodastico!
    ansiosa pela continuação

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  2. Eita caralho, manolo!! Juro que eu puder até ver a arena e a batalha, de perto, como se tivesse lá. Já te disse várias vezes "você escreve muito bem!" E esse é o tipo de história que prende a minha atenção (e olha que isso não é muito fácil viu).Parabéns...
    ansiosa pela continuação[2]
    Até + !

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